Grupo: Kimberly, Luiza Guimarães, Luiza Mattos, Lorena e Iara.
Turma: 106
A sociedade contemporânea valoriza a beleza o que somado às inúmeras técnicas criadas e popularizadas levam as mulheres aos salões de beleza para realizarem tratamentos como: hidratação, coloração e, principalmente, alisamento nos cabelos. Até então, nenhum problema, visto que o ser humano sempre procurou realçar sua beleza. Provas disso são os pentes e navalhas encontrados entre os achados arqueológicos. Na Grécia antiga havia inclusive lugares que ofereciam tratamentos estéticos. Entretanto, alguns tratamentos estéticos não alcançam os efeitos desejados e ainda podem causar danos a quem se submete a eles o que nos leva a questionar como e por que isso ocorreu.
Os salões de beleza foram
criados e popularizados no início do século XX. Atualmente vemos que o dito padrão
de beleza se baseia no uso dos cabelos
lisos. Dessa forma, muitas brasileiras que têm cabelos crespos e ondulados
realizam diariamente alisamentos nos salões para se adequar ao padrão de beleza
propagado pela mídia e sociedade em geral. Assim, as indústrias de cosméticos
beneficiam-se desenvolvendo diversos produtos que darão o “cabelo dos sonhos” a
essas mulheres.
As
principais substâncias utilizadas para alisamento capilar são: ácido tioglicólico, hidróxido de sódio,
hidróxido de potássio, hidróxido de cálcio, hidróxido de lítio e hidróxido de
guanidina. A função principal destes produtos é remodelar a queratina, substância
responsável pela estrutura dos fios, retirando e reorganizando as moléculas que
formam os cabelos. O hidróxido de sódio e o hidróxido de guanidina são
recomendados para alisar cabelos crespos, enquanto o ácido tioglicólico age de
forma mais eficiente sobre os cabelos ondulados.
Um
ponto que precisa ser ressaltado é que o formol e o glutaraldeído não podem ser
utilizados para realizar o alisamento dos cabelos uma vez que estes produtos podem
causar danos ao organismo como irritação, falta de ar, dor de cabeça, coceira,
queimadura, tosse e inchaço se inalado ou entrar em contato direto com a pele. Caso
o uso do produto seja constante a pessoa pode sofrer de
dores de barriga, desmaios, vômitos, feridas na face, enjôos, câncer no sistema
respiratório, e em casos extremos podem levar ao óbito.
Infelizmente,
os tratamentos capilares podem ser caros e tornam-se inacessíveis para muitas
mulheres que recorrem ao comércio clandestino que se desenvolve ignorando as
normas de segurança estabelecidas pelos órgãos que fiscalizam produtos de
beleza, no caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Para
se realizar um procedimento capilar com segurança deve-se verificar nas
embalagens dos produtos se esses contêm substâncias proibidas e se estão
registrados na ANVISA. Deve-se ficar
atento aos produtos notificados e que possuem a inscrição “343/05” na embalagem
porque não podem ser indicados para alisamento capilar. Os produtos cosméticos
registrados devem, obrigatoriamente, estampar, na sua embalagem externa, o
número de registro, que sempre começa pelo número 2, e sempre terá ou 9 ou 13
dígitos (exemplo: 2.3456.9409 ou 2.3456.9409-0001). Esse número de registro é
geralmente precedido pelas siglas “Reg. MS” ou “Reg. Anvisa”. Antes de usar o produto, é importante ler as
instruções, precauções de uso e advertências que constam na embalagem, seguindo
todas as orientações.
E para
quem gosta do cabelo como é e adotou uma postura “anti-química”: não se deixe
levar pelo uso errado dessa expressão que pretende agregar maior confiabilidade
aos produtos e associar a eles uma falsa promessa de que não provocará danos ao
cabelo. A química é uma ciência que estuda os materiais, o que em termos mais
simples, é o mesmo que dizer que a química está presente em tudo. A química é,
muitas vezes, vinculada à indústria, à poluição e a situações riscos, ignorando
os aspectos positivos que apresenta. O que se mostra um terrível engano, pois
através da química a humanidade obteve remédios, alimentos e formas de obtenção
de energia, dentre muitas outras coisas. A química está presente em tudo e a
forma como será empregada ditará se a finalidade será ruim ou não.
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Referências
Formol e Glutaraldeído como alisantes. (2009). Disponível
em: http://www.anvisa.gov.br/cosmeticos/alisantes/escova_progressiva.htm. Acesso em: março 2014.
Estrutura química do fio. Disponível
em: http://www.terractiva.com.br/saiba_mais.htm.
Acesso em: março 2014.
Diferentes tipos
de alisantes não devem ser usados ao mesmo tempo (2012). Disponível em: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/08/diferentes-tipos-de-alisantes-nao-devem-ser-usados-ao-mesmo-tempo.html.
Acesso em: março 2014.
Química distante da
sociedade
(2012). Disponível
em: http://agencia.fapesp.br/14410.
Acesso em: março
2014.
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