sexta-feira, 2 de maio de 2014

Harry Potter: Bruxo ou Químico?

Grupo: Amanda, Ariene, Estevan, Pedro A., Vitor
Turma: 104
 
     A saga de livros Harry Potter, escrita pela britânica J. K. Rowling, conta a história de um jovem que descobre ser um bruxo e vai estudar em Hogwarts: uma escola de magia e bruxaria onde ele aprenderá como usar seus poderes. Lá, ele assiste a aulas de várias disciplinas mágicas, e algumas delas estão intimamente relacionadas com a química. Além disso, Harry ainda precisa lutar contra Lord Voldemort, um bruxo das trevas, que todos pensavam estar morto, mas que ameaça voltar e tomar o poder do mundo bruxo.
    Harry Potter conquistou legiões de fãs por todo o mundo, seja pela maneira de escrever de Rowling, pelo carisma do personagem ou por seus leitores se imaginarem como Harry e encontrar semelhanças com ele. Mas, é indubitável que o livro é cheio de referências diretas e indiretas a vários elementos do mundo real, incluindo nessa lista a química, que pode não ser representada com total veracidade nos livros, mas, que tem pontos que se assemelham bastante com ela. Apesar de ser uma série de ficção e tratar de temas cercados de magia, ela é uma forma lúdica e divertida de se aprender assuntos diversos, inclusive química.
     Podemos perceber que um tema discutido nos livros é a alquimia, que por muitos é considerada a precursora da química atual. A alquimia estudava as propriedades dos materiais e a relação entre eles. Mas, ela ainda era bastante impregnada de misticismo e ocultismo. Os alquimistas acreditavam que era possível mudar a essência dos materiais e transformá-los em outros, como por exemplo, transformar um metal qualquer em ouro. Isso seria possível a partir da Pedra Filosofal, objeto presente no primeiro livro da saga Harry Potter.
     No livro Harry Potter e a Pedra Filosofal o vilão Voldemort procura pela pedra filosofal que teria propriedades mágicas como a transmutação e a extração do elixir da vida que seria um líquido que prolongaria a vida de quem o bebesse, imortalizando, assim, o seu possuidor. O objetivo de Voldemort era conseguir o elixir da vida e usá-lo para recuperar seu corpo e deixar de ser um parasita do professor Quirrell, Defesa Contra as Artes das Trevas, e se tornar imortal.
    Além desse momento da trama, ao longo de todo o livro a alquimia se faz bastante presente. Em vários momentos o alquimista Nicolau Flamel é citado, ele seria um amigo do diretor Dumbledore e o único que produziu a pedra filosofal. Uma proesa tão importante que levou a publicação de sua foto nas figurinhas dos sapos de chocolate, um doce presente no livro, dedicadas apenas aos grandes bruxos. Sobre Flamel, conta-se ainda que era casado com uma senhora chamada Perenelle e que gostava de ópera. Flamel realmente existiu e foi casado com uma senhora de nome Perenelle. Sobre ele há vários boatos de que foi um grande alquimista, apesar de não se ter nada confirmado, assim como seu amor pela ópera.  
 Disponível em: http://tudosobremagiaeocultismo.blogspot.com.br/2012/04/ nicolas-flamel.html

      A relação entre a química e Harry Potter não para por aí. Ao longo de todos os livros podemos perceber várias outras referências à ciência. Uma matéria obrigatória em Hogwarts é o ensino de poções, lecionada pelo professor Severus Snape e posteriormente pelo professor Horácio Slughorn. A disciplina está intimamente relacionada com a química. Nela, os alunos aprendem como fabricar, manusear e utilizar poções, soros e antídotos. Essas poções têm propriedades mágicas e têm uma serventia no mundo bruxo. Para prepará-las os alunos observam a receita em seus livros e seguem todos os meticulosos passos para realizar o complicado preparo. Tudo começa na escolha dos ingredientes, que vão dos mais simples aos mais exóticos. Cada ingrediente tem uma propriedade específica, que, combinados fazem o efeito esperado. Depois vem o modo de preparo que é bastante complicado dependendo do que se quer fazer. Deve-se cortar, espremer, misturar, cozinhar os ingredientes, e tudo seguindo uma ordem e proporções corretas. Qualquer ingrediente adicionado de forma incorreta acarreta consequências desastrosas, podendo apenas não fazer efeito algum ou então fazer um antídoto virar um poderoso veneno, e, em alguns casos, até explodir. Além disso, muitos materiais especiais são necessários, como um bom caldeirão, uma faca de prata, um pilão, um kit de poções, que inclui frascos e vasilhames para realizar o feitio das poções e uma balança de latão para pesar os ingredientes.
 
Aula de Poções. 
Disponível em: http://entrelivroseagulhas.blogspot.com.br/2012/10/visita-ao-mundo-magico-de-harry-potter.html

      Podemos perceber que todos esses requisitos para se preparar uma boa poção se assemelham muito à química. Aprendemos que se deve adicionar os reagentes na proporção correta para ocorrer a reação do jeito certo, e sempre tomar muito cuidado ao realizá-las, já que qualquer detalhe mínimo que seja esquecido ou mudado altera completamente o resultado. Esse trabalho realizado em Harry Potter é muito parecido com o realizado pelos químicos em laboratório, pois os dois devem ser altamente cuidadosos em seus trabalhos. Podemos relacionar vários elementos da história com o estudo da química atual. Podemos imaginar que as poções preparadas são como nossas soluções ou misturas. Assim como no livro, os ingredientes devem ser adicionados numa proporção correta, como diz a lei de Proust, que trata das proporções utilizadas para fazer reações acontecerem. Esses devem ser adicionadas de modo correto para que não ocorra uma reação indesejada, ou no caso de Harry Potter, te transforme num porco.
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 Referências 

CARVALHO, R.S., SILVA, A.C.S. ESTÓRIAS DO HARRY POTTER: UM CATALISADOR PARA O ESTUDO DA ALQUIMIA. Revista Ponto de Vista.Viçosa, v. 5, n. 1, p. 113-125, 2008. Disponível em: http://www.coluni.ufv.br/revista/docs/volume05/estorias.pdf. Acesso em 30 mar. 2014.

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