segunda-feira, 12 de maio de 2014

CELULARES

Grupo: Igor, Henrique e Daniel 
Turma: 101

Ligações, mensagens instantâneas, milhões de aplicativos e funcionalidades tornaram e tornam a vida do ser humano cada vez mais prática, transformando os queridos celulares, nascidos no laboratório Bell, nos Estados Unidos no final da década de ’40, em algo que hoje podemos chamar de “o novo melhor amigo do homem”. É algo que foi inserido no nosso cotidiano de forma tão efetiva que parece impossível imaginar alguém sem um desses. Em 2014, por exemplo, o número de aparelhos em uso no Brasil, começou em 272,4 milhões, o que significa uma relação de aproximadamente 1,34 aparelhos celulares por habitante.
É hora, então, de saber mais sobre nossos “amigos”, seus reais benefícios/riscos, até que ponto vale gastar uma fortuna em um e os processos químico-científicos por trás deles, afinal, a química está muito mais presente em um aparelho celular do que você pode imaginar, seja na influência sobre a duração das baterias de lítio, no design inovador dos grandes aparelhos do mercado, ou nas pesquisas sobre possíveis problemas de saúde.
De acordo com uma pesquisa recente, a composição de um aparelho celular atual comum é de 40% placa de circuito, 45% plástico, 3% placa de magnésio, 4% placa de cristal liquido (LCD), e 8 % de metais diversos. Tais dados não incluem a bateria, e por falar nisso, um problema muito relatado, é a má duração da bateria de lítio, o que gera a discussão do por que das grandes marcas não investirem em um smartphone com uma bateria que dure mais, seja usando outro material alternativo ao lítio ou criando novas tecnologias, já que os preços dos aparelhos já equivalem a esses recursos.   

*acesse o infográfico para entender a composição e o funcionamento de uma bateria de lítio.


Com a alta demanda do mercado dos celulares, a população consome cada vez mais tais produtos, mesmo quando não precisam, descartando de forma irresponsável seus antigos aparelhos, simplesmente porque seus atuais modelos ficaram “desatualizados” ou “para trás” em comparação aos novos celulares de primeira linha. Tal fenômeno ocorre há alguns anos e provavelmente você se identificou com esta descrição. E a culpada por trás disso tem nome: obsolescência programada. Enquanto no passado, eletrônicos duravam anos com perfeito funcionamento, hoje em dia eles são arquitetados para terem um ciclo de vida bem menor. Um celular já sai da fábrica defasado e com seu ciclo de vida determinado. O que faz com que o compremos e, um ano depois, já estejamos visando uma nova troca. E talvez o mercado mais afetado com essa prática seja o dos aparelhos celulares.
Um exemplo, seria o smartphone de primeira linha da Apple, o iPhone. Foi lançado em 12 de setembro de 2012, o iPhone 5, no valor de R$2400,00. Um ano depois,  em 10 de setembro de 2013 foram lançados dois novos modelos, o 5s – que possui o recurso Siri, no qual é possível se comunicar por voz com o aparelho – e o 5c – que simplesmente tem cores diferentes disponíveis e é revestido de plástico ao invés de metal – ambos no valor de R$2300,00. Isto gera várias consequências. Outros fatores envolvem meio ambiente, sustentabilidade e responsabilidade social.
Pensando nisso, a empresa Phoneblocks surgiu com uma ideia bem interessante: um smartphone desmontável. O projeto consiste na construção modular dos aparelhos, aonde cada “funcionalidade” viria em um bloco a ser encaixado na placa principal. E quando a qualidade da câmera não for mais o suficiente? Troca-se apenas o bloco da câmera. E o mesmo serve para quando a duração da bateria estiver ruim ou o a memória interna ficar esgotada.
Além do mais, alguém que armazena seus dados em nuvem e não precisa de grande memória interna, pode investir em uma bateria que dure mais ou uma câmera melhor, por exemplo. Tudo gira em torno de montar da sua maneira e trocar apenas aquilo que realmente for necessário.
Obviamente, o projeto não foi à frente, afinal, as grandes marcas sairiam muito prejudicadas, podendo chegar até a falência. Mas que a ideia é genial, é. Tudo isso é algo a se pensar antes de gastar desnecessariamente fortunas anuais e prejudicar o meio ambiente com toneladas de celulares descartadas de forma imprópria. Mas não é só o meio-ambiente que sai prejudicado.
Já se imaginou saindo de casa sem o celular no bolso ou na mão? Provavelmente sua resposta é “não”. A emissão radioativa dos celulares vem sida muito estudada por cientistas durante os últimos anos. Em um estudo realizado pela Universidade de Yale, descobriu-se que o aumento das desordens de comportamento infantil pode ser provocado, parcialmente, pela exposição do feto às radiações de celulares durante a gravidez, já que se encontram em fase de desenvolvimento ósseo e, portanto, apresentam estrutura cranial mais fina, se tornando um alvo potencial à radiações.
Além disso, dados publicados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e a IARC (Agência Internacional para Pesquisa em Câncer), estudados pela Universidade de Pittsburgh, alegam que o uso de celulares pode causar um tipo maligno de câncer cerebral, o Glioma.
Além dos problemas já citados, um estudo da Universidade de Viena afirma que as pessoas que usam o celular 10 ou mais minutos por dia, e que fazem isso há pelo menos quatro anos, têm 70% mais chances de desenvolver zumbido crônico no ouvido. E os problemas não param por aí: até a fertilidade masculina pode ser afetada.
Segundo um estudo do Centro de Pesquisa Reprodutiva dos Estados Unidos, em Cleveland, o celular estaria relacionado com a infertilidade masculina por aumentar a temperatura dos testículos. E o problema ocorreria justamente porque a maiorias dos homens guarda o aparelho no bolso da calça, próximo aos testículos. Descobriu-se que homens que usavam o celular mais de quatro horas por dia tinham sua produção de espermatozoides diminuída em 50%.
Ainda faltam estudos para chegar a resultados claros, já que é uma tecnologia usada há menos de 20 anos, mas já dá para ter uma boa ideia de que é preciso usá-los de forma consciente e moderada. É melhor não esperar o problema aparecer, certo?
_______________________
Referências

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - www.ibge.gov.br;          
Fundação Telefônica - www.fundacaotelefonica.org.br;                                                      
Teleco – Inteligência em Telecomunicações - www.teleco.com.br;            
Wikipédia, a enciclopédia livre - www.pt.wikipedia.org;                                                       
Anatel – Agência Nacional de Telecomunicações - www.anatel.gov.br;                         
Cia Norte News - www.cianortenews.com;                                                                          
BBC – www.bcc.co.uk;                                                                                               
Minha Vida – www.minhavida.com.br;                                                                                    
Nerd Insano – www.nerdinsano.com.br,                                                                                
G1 – O Portal de Notícias da Globo – www.g1.globo.com                                            
iG – Tecnologia – www.tecnologia.ig.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Propague seu conhecimento aqui!